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Archive for maio \29\+00:00 2010

Offer – Alanis Morissette

Alanis Morissette

THAT I WOULD BE GOOD

Ocupação: desempregada.

Ocupação: desempregada. Nunca fui demitida. Digo, nunca até ontem! O sentimento é como um termino de namoro: você respeita a decisão da empresa mas não concorda. Não concordei pois não houve, no ato da minha demissão, um argumento plausível para o desligamento. Não houve uma atitude ética: um dialogo com os líderes, um feedback que apontasse os erros dessa humilde profissional que dedicou 4 anos de mão de obra a uma empresa que ela tanto ama.

Foi como um termino de namoro via e-mail: o RH conversou, colheu as assinaturas e reforçou que não sendo dispensa por justa causa, não há necessidade da empresa informar o motivo.

Eu, naquele momento, agi como a ex louca! Queria falar com a diretoria, queria entender motivos, buscar respostas até para observar que não cometerei os mesmos erros  nos próximos relacionamentos.

Mudei de ideia rapidamente. Não vale a pena. Não é o objetivo da empresa.

Após o expediente, muitos telefones e a resposta: foi um problema pessoal. Nada profissional. O que me deixa ainda mais chateada, decepcionada…

Ok, então, bola pra frente! Primeiramente quero descansar porque estava cada vez mais difícil a rotina no meu antigo empregador. Depois resolverei o um novo rumo para a minha vida…

Sentirei saudades absurdas do trabalho, das pessoas e da empresa, mas a única certeza das coisas é que um dia elas acabam…

Chegou a hora de recomeçar!

Nunca fui demitida. Digo, nunca até ontem! Nunca fui demitida. Digo, nunca até ontem!

Eu ainda acredito nas pessoas!

Depois de dançar por aproximadamente 12 horas em uma rave em Itu – SP meu corpo já pedia cama! Chamei meu amigo para o famoso “pé na taboa”. Mas antes de entregar o ticket do estacionamento, um rapaz parou nosso carro e perguntou se íamos para São Paulo. “Por que a pergunta?” respondi. “Serei bem sincero: eu estava com uma turma de 20 pessoas, mas apenas uma era minha amiga. Perdi-me deles! Procurei os carros no estacionamento e não estão mais lá. Já estou a 2 horas pedindo carona e ninguém me concede! Vocês poderiam me deixar na marginal? Qualquer lugar que eu possa pegar um ônibus ou um táxi…” Perguntei que bairro que ele morava “Pirituba”.

Pronto! Não sei o que deu em mim! Meu amigo já ia dar alguma desculpa, afinal, são quase 100 km de São Paulo, como iríamos dar carona para um desconhecido? Mas impedi que ele dissesse qualquer palavra: “Bruno, deixe-o entrar. Não é coincidência encontrar alguém do bairro vizinho precisando de ajuda…”. Só depois que o desconhecido entrou no carro, entendi o perigo que estávamos correndo.

Confesso que não fiquei tranqüila, mas me coloquei no lugar dele… Tenho amigos que saem do corpo nessas festas. E se fosse comigo? Eu estaria mais fudida… Sou mulher, além de todos os riscos que o homem corre eu tenho um maior: o estrupo! Como eu iria sair dessa? E ele? Como iria sair dessa? No meio do mato, sem ônibus, sem amigos, sem táxi e ainda por cima: negro! Pronto! Nosso país é extremamente racista, durante duas horas ninguém quis confiar nele!

Eu e o Bruno confiamos! Demos uma chance! O resultado: o desconhecido se tornou conhecido, seu nome é André! Ele demonstrou imensa gratidão, nos ofereceu gasolina, dinheiro, bebida, comida, mas fizemos de coração. Simples assim: de coração! Contando isso para minha ilustríssima mãe (católica, apostólica, romana) ela disse que nunca faria isso. Contei a outras pessoas que acharam um absurdo: você poderia ser rouba, ter morrido! Baboseira! Senti meu coração! E o Bruno confiou no meu coração!

O André acabou de ganhar uma carona e dois amigos! Eu ainda acredito nas pessoas!

Desabafo do proletariado sobre o deslocamento!

Como chegar no trabalho no horário? Qual é o segredo dos paulistas? Se existem condições financeiras de ter um carro não é suficiente! Ao sair do estacionamento já encara o transito enlouquecedor que faz parte da rotina de São Paulo. Quando se consegue finalmente encarar as marginais (agora reformada com faixas extra e etc), vem a segunda parte da desgraça: os motoboys! Baralho! Basta você ligar a seta para trocar de faixa que escuta a sinfonia das buzinas lhe dizendo “agora não, eu vou passar! Tenho prioridade! Estou atrasado!” Porra, eu também estou atrasada e ainda que você caia, seja atropelado,ou morra, você sairá do transito lento primeiro que meu carro! Mesmo que seja na ambulância ou no saco preto!
Por que eu tenho que me preocupar com a vida deles? Por que? Se meu carro bater numa moto terei uns riscos ai, uma pára-choque para trocar, um funileiro pra pagar e… uma pensão alimentícia vitalicia para o vagabundo que não me deixou passar. E a culpa é de quem? Da legislação de tráfego que não puni as atrocidades que esses amigos fazem no nosso dia a dia.
Ufa! Chegou na empresa e agora precisa arrumar um lugar para estacionar o carro. A não ser que sua empresa tenha a cultura (e por que não dizer: bom senso) de garantir um estacionamento para os funcionários que não utilizam vale transporte, esse será outro problema. Flanelinha, mendigos, folgados…enfim! Todos querem o seu dinheiro! A rua deixou de ser pública: eles a privatizaram sem o nosso consentimento. Fazer o que? Parar no estacionamento que lhe cobra R$ 10 ou R$ 20 apenas para sorrir para você!

Se opta ou necessita do transporte público, fudeu! Além de todos os itens descritos acima (sim, ônibus também mata motoboys!), terá que encarar um verdadeiro teste de resistência semelhante ao de um reality show.
1.Argumentação: como convencer os demais trabalhadores e o motorista do ônibus que você precisa subir no veiculo também;
2.Equilíbrio: é hora de surfar na porta do ônibus. Muita emoção e batimentos cardíacos acelerados;
3.Auto-controle: criança chorando, mulheres fofocando, homens discutindo futebol e o que é melhor : adolescentes ouvindo funk (“é o pente, é o pente é o pente, é o pente” um pancadão de colocar medo) no último volume do celular que, provavelmente, não veio com fone de ouvido;
4.Resistência física: dois ou mais corpos no mesmo lugar. SIM! Isso é possível nos ônibus de São Paulo;
5.Raciocínio lógico: você está próximo ao destino final, como irá passar pela catraca?
As diferenças do percurso no transporte público para as provas dos reality shows são que quando chegar no seu trabalho, não haverá amigos e família sorrindo, gritando seu nome, te chamando de herói e você não sairá com um milhão e meio de reais na conta corrente. No máximo um chefe bravo e um desconto do atraso no holerit. 
Feliz é o capitão Hamilton (piloto do Águia Dourada) que, por andar de helicóptero, deve ser o único que sempre consegue chegar no horário em seu trabalho!

Deixe-me sonhar

Quero proteger-te como uma criança
Ver você andar, correr, brincar,
Te acolher quando cair
Abraça-te quando precisar
Beija-te se conseguir

Quero proteger-te como uma criança
Nas noites de medo segurar sua mão
Respeitar seu espaço nas noites de solidão
E em plena felicidade, entoar a nossa canção

Quero proteger-te como uma criança
Tomar banho de chuva, te abraçar e te beijar
Basta você acreditar…
Basta você realizar…
Deixe-me sonhar!

A Revolução não será televisionada – parte X

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