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E assim…

21 de março de 2010 Deixe um comentário

E como se fosse mágica, ela repousou em seu peito e dormiu… Dormiu e sonhou!  Sonhou que obteve o dom de amar de novo! O dom de sonhar e arriscar! Jogar para perder, perder e esquecer…

Deixe-me

Quero ser sua inspiração
Em forma de canção
Ser seu amor
Ser seu ódio
Seu vitória
Seu prazer
E sua derrota
Seu alimento
Sua água
Coma-me
Beba-me
Deseja-me
Minta
Me odeie
E quando conveniente,
Me aperte fortemente em seus braços
E ame!

Silêncio no quarto do hospital…

Silêncio no quarto do hospital…
Senti a agulha da anestesia perfurar meu corpo…
Uma lágrima silenciosa escorreu em minha face
Tive vontade de gritar!
Dor…
Ódio…
Raiva…
Era uma mistura de sentimentos ruins…
Por que seu Deus fez isso comigo?
Por que?
Não…
Não sou eu a vítima…

(silêncio)

Eu tinha vinte e poucos anos
Não tinha emprego, nem casa,
Nem sonhos,
Nem destino,
Não poderia conceber uma criança!
Devia acabar com tudo
Enquanto ela estava no meu ventre
No meu ventre
Ventre
Meu

Adormeci!

Acordei convicta de que foi um pesadelo
Mas lá estava a enfermeira
Conduzindo-me ao encontro daquele que
Acreditei que fosse meu amor,
Explicando detalhamente como trocar meu curativo
A ferida
Do
Meu
Ventre

Chorei agora em pleno barulho!
Lágrimas de sangue e arrependimento
Dei adeus ao amor supremo
Que joguei na lata do lixo do hospital

Eu tenho medo!

Eu tenho medo de ficar presa!

Presa ao trabalho

à familia

ao amor

ao dinheiro

à solidão!

Tenho medo de transferir ao próximo

a responsabilidade

da minha felicidade!

Medo do exagero, medo do escasso

Medo de parar de sonhar, de perder as esperanças…

De cansar de viver!

Desabafo Poético

* Minha parodia do poema “Poética” de Manuel Bandeira feita em 2004, 3° ano do ensino médio…

Estou farta da psicologia cometida

Da psicologia mal comportada

Da psicologia ditada por Freud e suas ideias relativas,

seus traumas de infância e problemas sexuais

Estou farda da psicologia que confunde e não explica

Me faz questionar e até acreditar

Abaixo os Freudianos!

Todos os remédios sobretudo o eletroque

Todas as construções sobretudo o manicônio

Todos os gritos sobretudo os de calunias

Quero antes a psicologia dos loucos

A psicologia dos bêbados

A difícil e forte psicologia dos bêbados

A psicologia enquadrada em nossos tempos

-Não quero mais saber da psicologia que complica ofende e maltrata.